domingo, 1 de novembro de 2009

Pedagogia da amizade

– BULLYNG: O sofrimento das vítimas e dos agressores.




Autor: Gabriel Chalita

Tornou-se comum assistirmos a cenas de desrespeito e humilhação de pessoas contra pessoas. Não há outra forma de eliminarmos esses males de nossa vida senão desenvolvendo, via processo educacional, o valioso sentimento da amizade.
Não é possível viver sem amigos. A amizade faz parte da essência humana. Alivia qualquer dor, faz-nos sentir protegidos, queridos e amados.
Neste livro, Gabriel Chalita chama a atenção de pais, professores e educadores para as conseqüências do bullying, um problema crescente no mundo inteiro, oriundo da falta de amizade entre as pessoas, em especial entre as crianças em fase escolar.
Aqui, você encontrará histórias reais de sofrimento e de felicidade, exemplos de fracasso, mas também de sucesso. São histórias de dor e de superação usadas para ajudar a compreender a beleza da amizade como antídoto para o veneno social do bullying. Este livro leva à reflexão sobre o papel de pais, mães, educadores e, sobretudo, dos amigos. Com essa leitura, pretendemos fomentar a crença nas pessoas e construir um mundo sem preconceitos, mais amigável e feliz.
O bullying é a negação da amizade, do cuidado, do respeito. O agente agressor, impiedosamente, expõe o agredido às piores humilhações. Dos apelidos perversos às atitudes covardes de quem tem mais força física ou mais poder. O agredido dificilmente encontra coragem para se defender e permite que se fechem as cortinas. E quantos há que, com as cortinas fechadas, dão cabo à própria história. Não são poucos os relatos recentes de alunos que desistem de viver e que, antes disso, decidem se vingar da instituição que permitiu que as cortinas lhes fossem fechadas.
A amizade protege quando compreende. Os sonhos do mundo estão aí. Podem ser sonhados ou desprezados. Ao educador, compete essa viagem tênue pela dor e pelo amor. Pelo olhar cúmplice, que é capaz de dar sentido ao que parecia perdido. O educador não desiste diante da aparente impossibilidade do educando de aprender ou diante da apatia ou de outro elemento adverso. O educador não desiste porque, acima de tudo, é amigo. É a amizade que impulsiona o caminhar juntos.
Gabriel Chalita é membro da Academia Paulista de Letras. Entre os vários livros que publicou, destacam-se O Sol Depois da Chuva, A Ética do Rei Menino, Os Dez Mandamentos da Ética e Pedagogia do Amor, os dois últimos também editados em espanhol.
Como educador atuante, recebeu vários títulos e várias condecorações, como o Prêmio Educação Visconde de Porto Seguro e o Prêmio Fernando de Azevedo – Educador do Ano 2004, conferido pela Academia Brasileira de Educação – Rio de Janeiro/RJ.
CHALITA, Gabriel. Pedagogia da Amizade – Bullying: o Sofrimento das Vítimas e dos Agressores. São Paulo: Gente, 2008.

Para um mundo melhor!!!!

Três gerações

Minha linda mamãe, minha irmã caçula e meus dois tesouros : Lelê e Bibi.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Feliz dia dos professores!!




O Professor Está Sempre Errado (Jô Soares)


O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Precisa faltar, é um 'turista'.
Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu 'mole'.
É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele.



(fonte - Revista do Professor de Matemática, no.36,).
















terça-feira, 13 de outubro de 2009

Libras

Estamos em tempo de inclusão, então vamos saber mais um pouquinho sobre a historia da liguagem de sinais LIBRAS.( Material retirado das web aulas da UNOPAR, pedagogia 7º semestre, pólo Novo Gama).


Surdez e Linguagem


Primeiramente vamos falar sobre o conceito de surdez. É bastante comum ouvirmos as pessoas se referirem ao surdo como "mudo", ou pior, "mudinho", surdo-mudo, deficiente auditivo, entre outros. A maioria dos surdos não apresenta nenhuma deficiência no aparelho fonador, ou seja, seus órgãos internos e externos da fala estão intactos, por isso não podem ser considerados como mudos1.
Então por que alguns não falam quase nada ou falam diferente?
Todos os surdos vocalizam, algumas vezes produzem sons mais graves, outras vezes mais agudos, porém, por não ouvirem, não têm feedback auditivo2.
As pessoas da família ou outros ouvintes3, que convivem com a pessoa surda já estão mais acostumados com seu tipo vocal, por isso compreendem melhor o que ele diz.
A oralidade no surdo depende de alguns fatores, entre os quais estão o momento do aparecimento da surdez , que pode ser pré-lingual, peri-lingual ou pós lingual4; do grau de surdez, que varia de perda leve, perda moderada, perda severa, perda profunda e perda total5; e do estímulo da fala, que quanto mais precoce, maiores as possibilidades de uma criança com surdez severa ou profunda por exemplo desenvolver a oralidade.
Mas, por que Surdo?
Os surdos não se definem como deficientes porque procuram enfatizar o aspecto cultural e lingüístico da surdez e não a ausência de algo, no caso, da audição.
1Mudo é a pessoa incapaz de falar, por defeito do aparelho fonador (dicionário Silveira Bueno); Impossibilitado de falar, por defeito orgânico ou por acidente; silencioso; calado (dicionário on- line - Priberam); Privado do uso da palavra por defeito orgânico ou causa psíquica (dicionário Aurélio).
2O feedback auditivo é uma expressão para designar um retorno auditivo que permite o autocontrole da fala.
3Ouvinte é o termo utilizado pelos surdos para se referirem aos não surdos.
4A Surdez Pré-lingual é caracterizada pela total ausência de memória auditiva, sendo por isso extremamente difícil a estruturação da linguagem. A Surdez Peri-lingual surge nas crianças que falam mas que ainda não lêem, situação em que, se não existir um acompanhamento eficaz, se dá uma rápida degradação da linguagem. A Surdez Pós-lingual surge quando a criança já fala e lê, não se acompanhando praticamente de regressão devido ao suporte da leitura.
5Dependendo do grau de surdez, a prótese auditiva pode ser muito útil na aprendizagem da fala. Nos casos de perda severa à total, a prótese não produz muitos efeitos.
A existência de uma comunidade, que se identifica como grupo cultural, contribuiu para que os estudos sobre a surdez ganhassem espaço no campo dos estudos culturais. Antes disso, a surdez era exclusivamente objeto dos estudos médico- terapêuticos.
As Comunidades surdas e as Línguas de Sinais
Durante muito tempo e até algum tempo atrás, os surdos eram submetidos a duras e longas sessões de reabilitação da fala nas próprias escolas de surdos, cujo objetivo era transformar esses alunos num modelo mais próximo possível ao ouvinte.
A língua de sinais foi proibida nas escolas de surdos no final do século XIX e por quase cem anos, pois, muitos estudiosos da época acreditavam que a língua de sinais retardaria o desenvolvimento da fala e que contribuiria para a segregação dos surdos, excluindo-os da sociedade majoritária ouvinte.
Mas as línguas de sinais, que já estavam estruturadas em vários países e era utilizada pelos surdos para se comunicarem em outros contextos além do espaço escolar, sobreviveu, principalmente nas associações de surdos.
Até hoje as associações de surdos desempenham um papel fundamental de espaço de produção cultural e de disseminação da identidade e da cultura surda tendo a Língua de Sinais como elemento principal e determinante dessa cultura.
Em algumas cidades que não existem associações de surdos, eles costumam se reunir em locais específicos. Esses encontros podem ser em uma praça, um terminal urbano, um parque, entre outros.


PARA CONHECER AS ASSOCIAÇÕES DE SURDOS NO BRASIL ACESSE
http://www.cbsurdos.org.br/

Segundo Tomaz Tadeu da Silva, autor do livro "Identidade e Diferença" "a identidade e a diferença são criações sociais e culturais".(p.76)
A identidade surda é criada e fabricada pelas pessoas surdas no convívio com outros surdos falantes de uma mesma língua.
Os estudos surdos, que se definem como uma ramificação dos estudos culturais, buscam aprofundar as questões que evidenciam a existência da identidade e cultura surda, ainda que os surdos estejam inseridos no meio ouvinte.
As comunidades surdas, atualmente, se articulam, assim como outras minorias étnico-lingüístico-culturais, na luta por reconhecimento lingüístico e por direitos que garantam sua liberdade de expressão e acessibilidade, facilitando seu desenvolvimento como ser humano integral e o exercício de sua cidadania.
O final do século XX e início do século XXI no Brasil têm sido fortemente marcados por movimentos surdos, resultando em conquistas bastante significativas para as comunidades.
A foto abaixo ilustra a passeata feita pela comunidade surda de Niterói-RJ, no dia 26 de setembro de 2006. A passeata com o tema "orgulho surdo" realizada no Dia Nacional dos Surdos, remete a sociedade a enxergar a surdez com outros olhos, associando-a a questão da diversidade e da diferença.


PARA SABER MAIS
Veja: http://www.eusurdo.ufba.br/arquivos/estudos_surdos_feneis.doc


Métodos de Ensino para Surdos


 Vimos que a língua de sinais nunca foi extinta embora tenha sofrido sérias restrições nas instituições educativas.
No capítulo um do material didático você poderá aprofundar-se melhor sobre a história da educação de surdos.
O congresso de Milão, em 1880, foi o marco do período denominado por alguns autores como "período das trevas da pedagogia oralista"
Agora vamos conhecer algumas características dos métodos utilizados na educação de surdos e os novos rumos que tem tomado essa educação, bem como as leis que amparam e respaldam a educação dos surdos no Brasil.


Os cinco modelos educacionais na Educação de Surdos:


• ORALISMO


• COMUNICAÇÃO TOTAL


• BILINGUISMO


• PEDAGOGIA DO SURDO


• MEDIAÇÃO INTERCULTURAL


Oralismo


"O oralismo percebe a surdez como uma deficiência que deve ser minimizada através da estimulação auditiva". (GOLDFELD, 1997, p.31)


Talvez você pense: "Mas, que mal há em ensinar o surdo a falar a língua padrão do país, pois, se a maioria das pessoas utiliza esta língua será muito mais fácil o convívio dele na sociedade".


O problema da filosofia oralista não é este, mas o fato de não aceitar a língua de sinais como língua natural do surdo e impor a língua oral. É fazer da escola um espaço de reabilitação da fala, transformando-a em uma clínica fonoaudiológica.


O surdo tem direito de aprender a língua oral escrita ou falada, mas a escola deve garantir a ele, primeiramente um ambiente lingüístico rico, que favoreça o seu desenvolvimento integral (social, cognitivo, afetivo, psicomotor,etc) o que as longas sessões de terapia da fala não permitiam, trazendo sérios prejuízos ao desenvolvimento da criança surda.


Ainda hoje existem escolas que trabalham na perspectiva de ensino oralista, apoiando-se em experiências de casos isolados de surdos que conseguiram desenvolver a fala e se destacarem socialmente. Porém, mesmo nessas escolas não se pode proibir mais a língua de sinais, pois a legislação vigente não permite tal medida.


Comunicação Total


O próprio nome é bastante sugestivo, pois a Comunicação Total é um modelo de educação que utiliza todas as possíveis formas de comunicação como auxiliares no desenvolvimento da fala, inclusive gestos naturais das crianças surdas, alfabeto manual, leitura oro-facial1 e utilização de aparelhos auditivos.


Essa modalidade de educação foi desenvolvida em meados de 1960, após detectado o fracasso do oralismo puro em muitos sujeitos surdos.


Bilingüismo


A proposta educativa em questão entende que o bilinguismo2 consiste no ensino da língua oral e língua de sinais separadamente.


Dentro desta proposta de ensino a língua de sinais é reconhecida como língua materna, natural e primeira a ser adquirida pela criança surda e a língua portuguesa como uma segunda língua, considerando que por ser majoritária, a aquisição desta segunda língua é necessária para que o surdo tenha maior acesso às informações em geral e melhores condições de convivência no meio ouvinte.


Pedagogia do Surdo


Este modelo pedagógico é aspirado pela comunidade surda, que busca reafirmar sua identidade e emancipar-se das práticas ouvintistas3 na educação de surdos. Entende a escola como um espaço de vivências e experiências culturais compartilhadas entre os sujeitos surdos. A Língua de Sinais deve ser o principal veículo de comunicação e instrução dos surdos dentro da escola, sem interferências da língua oral. A história da educação dos surdos e das línguas de sinais passa a compor o conteúdo estruturante das aulas.


A Pedagogia do Surdo4 valoriza a presença do profissional surdo dentro da escola. A criança surda, desde a educação infantil, deve estar em contato constante com a Língua de Sinais, que, irá mediar o processo de desenvolvimento integral dessa criança.


1 Leitura oro-facial é a leitura labial associada à visualização de toda a fisionomia da pessoa que fala, incluindo sua expressão fisionômica e gestos espontâneos. Leitura labial é a capacidade de "ler" a posição dos lábios e captar os sons que alguém está fazendo. É útil quando o interlocutor formula as palavras com clareza. Porém, é provável que até o melhor leitor labial adulto só consiga entender 50% das palavras articuladas (talvez menos). O resto é pura adivinhação. Muitos sons são invisíveis nos lábios. Por exemplo, a diferença entre as palavras "gola" e "cola" dependem unicamente dos sons guturais. Outros sons, como "p" e "m", "d" e "n" e "s" e "z", podem ser facilmente confundidos. Se a pessoa não souber bem qual o assunto da conversa, terá mais dificuldade de fazer a leitura labial. Para quem já nasceu surdo, a leitura labial é muito mais difícil do que para alguém que tinha audição, pois tem de imaginar os sons que nunca foram ouvidos.


2 Bernardino (2000), cita Appel e Muysken sobre três definições de bilinguismo, baseados em três autores diferentes: 1) "um bilíngue deve possuir um domínio de duas ou mais línguas como um nativo" (Bloomfield); 2) "uma pessoa poderia ser qualificada como bilíngue se tiver , além das habilidades em sua primeira língua, algumas habilidades em uma das quatro modalidades (falar, entender, escrever ou ler) da Segunda língua"(Macnamara); e 3) ä prática de utilizar duas línguas de forma alternativa.


3 Ouvintismo: "(...) é um conjunto de representações dos ouvintes, a partir do qual o surdo está obrigado a olhar-se e narrar-se como se fosse ouvinte". (SKLIAR, 1998, p 15).


4" A expressão Pedagogia para surdos foi traduzida por Pedagogia da Diferença, pela pesquisadora surda, Gladis Perlin (Mestre em Educação de Surdos pela UFRGS, doutora na mesma linha e Coordenadora do Setor de Educação da FENEIS/RS) quando ministrou a aula inaugural do Curso de Pedagogia para Surdos em 9/3/02, na UDESC". (MACHADO, 2008, p 75).


Mediação Intercultural


O procedimento parte do conceito de que: "Todos nós nos localizamos em vocabulários culturais e, sem eles, não conseguimos produzir enunciações enquanto sujeitos culturais". ( Hall, 2003, p.83).


Nesse contexto, a cultura ouvinte não serve de parâmetro para o surdo, não regula mais as ações educativas nas escolas de surdos, mas o outro cultural é indispensável para afirmação da própria cultura dos sujeitos surdos.


Os três últimos modelos de educação descritos acima são mais recentes, mas todos valorizam a Língua de Sinais e consideram a necessidade de constituição das identidades surdas.


Ainda há outras considerações importantes sobre a Educação de Surdos, como a adoção da prática de letramento para surdos.


Surdez e "Letramento"


Alguns estudos têm apontado para a ineficácia dos métodos de alfabetização no ensino da língua escrita para surdos, pois eles requerem do alfabetizando a capacidade de codificação e decodificação de sons. Os surdos, por não ouvirem, têm dificuldades de fazer associações entre o som e a palavra escrita.


Diante dessas considerações, algumas escolas de surdos estão adotando a prática do "letramento' .


O "letramento" visa a uma leitura mais consciente dos textos, considerando o contexto em que se apresenta, e não a simples decodificação de sons e palavras isoladas.


O processo de letramento envolve a associação entre a linguagem verbal e não-verbal atribuindo sentidos à escrita, como no exemplo abaixo.


Você é capaz de decodificar essa escrita pela informação visual? O que antes parecia sem sentido ficou bem mais claro agora, não é?


A partir desse exemplo você pode ter uma noção melhor do que é o letramento para surdos.


PARA SABER MAIS ACESSE:


http://www.smec.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-educar/educacao-especial/artigos/letamento%20e%20surdez.pdf


Aspectos Lingüísticos da LIBRAS


As línguas de sinais começaram a ser objeto da linguística3 a partir dos estudos de William Stokoe, um lingüista escocês que vivia e trabalhava nos Estados Unidos. Em 1955, ele se tornou professor do Departamento de Inglês do Gallaudet College, hoje conhecida como Gallaudet University. Nessa época, ele ainda não conhecia a Língua de Sinais Americana (ASL). Ele teve de aprender alguns sinais, que ele usava ao mesmo tempo em que dava suas aulas em inglês, como a maioria dos outros professores. Stokoe, logo percebeu que existia uma diferença entre a sinalização que ocorria quando um surdo se comunicava com outro, e a que ele usava como acompanhamento de palavras em inglês, durante suas aulas. A partir daí, ele começou a observar cuidadosamente a sinalização usada pelos surdos e demonstrou que aquela sinalização era uma língua autônoma, que seguia uma gramática própria.
Seus estudos revolucionaram a educação de surdos, contribuindo para o reconhecimento de várias línguas de sinais no mundo todo.


Alfabeto Manual ou Datilologia


É bastante comum ouvir uma pessoa dizer que conhece a língua de sinais, quando, na verdade o que conhecem é o alfabeto manual da língua de sinais.


Assim como as línguas de sinais, o alfabeto manual não é universal, cada língua de sinais tem seu próprio alfabeto.


O Alfabeto manual da Libras, teve sua origem ainda no Império. Em 1856, o conde francês Ernest Huet desembarcou no Rio de Janeiro com o alfabeto manual francês e alguns sinais. O material trazido pelo conde, que era surdo, foi adaptado e deu origem ao alfabeto manual da Libras, que temos hoje.


3 "A lingüística é o estudo científico das línguas naturais e humanas. As línguas naturais podem ser entendidas como arbitrárias e /ou como algo que nasce com o homem". (QUADROS e KARNOPP,2004 p.15)


O dicionário de LIBRAS, tem um vocabulário bastante amplo, vamos nos fixar, por enquanto, apenas nas letras do alfabeto.
http://www.acessobrasil.org.br/libras/


O alfabeto manual serve para soletrar algumas palavras que não têm sinal próprio, por exemplo nomes de pessoas, cidades, ruas e outros.


Fonologia4 das Línguas de Sinais5


Vamos conhecer o esquema lingüístico proposto por Stokoe para a formação dos sinais. Ele propôs a decomposição dos sinais (ASL), em três parâmetros principais.


• Configuração de mão (CM)


• Ponto de articulação (PA)


• Movimento da mão (M)


Outros pesquisadores contribuíram para a inclusão de mais dois parâmetros no estudo das línguas de sinais:


• Orientação da mão (Or)


• Expressões não-manuais (ENM)


4 "Fonologia é o ramo da Linguística que estuda o sistema sonoro de um idioma, do ponto de vista de sua função no sistema de comunicação linguística".


5" Fonologia das línguas de sinais é o ramo da lingüística que objetiva identificar a estrutura e a organização dos constituintes fonológicos, propondo modelos descritivos e explanatórios". A fonologia para língua de sinais determina quais são as unidades mínimas que formam os sinais e estabelece padrões possíveis de combinação entre essas unidades, bem como variações possíveis no ambiente fonológico. (Quadros e Karnopp, 2004. p.47)


A Configuração de mão se refere à forma que a mão assume durante a realização de um sinal.


Observe essa lista de configurações de mão:



O ponto de articulação é o lugar onde o sinal é realizado, podendo ser em uma parte do corpo (bochecha, peito, queixo, etc.), ou no espaço neutro (na frente do corpo).



O estudo do movimento é bastante complexo, envolvem várias categorias, mas, para entendermos melhor, um movimento pode ser, quanto ao tipo, retilíneo, circular, semicircular, entre outros.
Orientação é a direção da palma da mão durante a realização do sinal.



As Expressões não -manuais caracterizam-se pelos movimentos da face, dos olhos, da cabeça ou do tronco.







A junção desses parâmetros dá origem a um sinal da língua de sinais.


A palavra obrigado, por exemplo, em língua de sinais brasileira, é formada a partir dos seguintes parâmetros:


CM:


• PA: Testa e espaço neutro



• M: semicircular


• Or: Palma da mão voltada para o corpo


Agora que você entendeu o processo de formação dos sinais em LSB, pode voltar ao link do dicionário de Libras e se divertir praticando outros sinais, depois compartilhe sua experiência no fórum.


O Tradutor e Intérprete de Língua de Sinais (Tils)


Você já deve ter visto, em alguns programas de TV, uma mini-tela no canto da tela principal com a tradução do programa em LIBRAS.


Como esta:


Na realidade, esta imagem que você vê não é do Brasil. Aqui no Brasil a mini-tela com o intérprete é bem menor.


Talvez você tenha ficado surpreso da primeira vez que viu, pois o trabalho de interpretação em Libras não era muito conhecido no Brasil até pouco tempo atrás.


Somente após o reconhecimento da Libras pela lei 10.436, as emissoras de TV começaram a tomar algumas providências para que o surdo também tivesse acesso à informação1.


Mas quem é esse profissional?


O papel do Intérprete de Língua de Sinais, em nossa sociedade, muitas vezes é confundido com o do professor de surdos, principalmente no ambiente escolar.


O intérprete é um profissional bilíngüe, que media a comunicação entre surdos e ouvintes através da Língua de Sinais para a Língua Oral.


O intérprete de língua de sinais atua, mediando a comunicação entre a língua de sinais e as línguas orais em diferentes contextos:


• Empresas


• Hospitais


• Órgãos Judiciais


• Escolas


• Igrejas


1 No Brasil, a medida mais comum para tornar a informação acessível ao surdo é a adoção de legendas.


Tradução e Interpretação


Para entendermos melhor o trabalho do tradutor e intérprete de Língua de Sinais vamos esclarecer alguns conceitos.


• Traduzir: transpor de uma para outra língua2.


• Interpretar: Explicar, esclarecer, representar.


Em língua de sinais utilizamos o termo "tradução" quando há texto escrito envolvido. A tradução da escrita da língua oral para a língua de sinais é bastante utilizada no contexto escolar.


Ainda não é muito utilizada a tradução da escrita da Língua Portuguesa para a Escrita de Sinais3, uma vez que essa última está em processo de estudo e desenvolvimento.


A interpretação de uma língua para a outra, envolve a transmissão de sentidos. Não é correto interpretar palavra por palavra, pois a estrutura das línguas diferem uma das outras. Para uma interpretação mais fiel de uma língua, é necessário conhecer também a cultura dos povos que a utilizam, pois algumas expressões que existem em uma língua não existem em outras e precisam ser substituídas.


• Por exemplo: Quando alguém espirra...


o No Brasil dizemos: "saúde"


o Nos Estados Unidos: "God bless you" (Deus te abençoe)4


2 Dicionário Silveira Bueno


3 Para saber mais sobre a Escrita de Sinais: http://www.signwriting.org/library/history/hist010.html


4 Para ver outros exemplos acesse: http://www.sk.com.br/sk-idiom.html




Em "A maneira de bem traduzir de uma língua para outra" (1540), Dolet estabeleceu cinco princípios para o tradutor:


1. o tradutor deve entender perfeitamente o sentido e a matéria do autor a ser traduzido;


2. o tradutor deve conhecer perfeitamente a língua do autor que ele traduz; e que ele seja igualmente excelente na língua na qual se propõe traduzir;


3. o tradutor não deve traduzir palavra por palavra;


4. o tradutor deve usar palavras de uso corrente;


5. o tradutor deve observar a harmonia do discurso.


Atualmente, no Brasil, os Tradutores/intérpretes de LIBRAS, têm se organizado em associações para regularizarem mais rápido a profissão. Existem também alguns Códigos de Ética do profissional Intérpete de Língua de Sinais. O mais conhecido é o da Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos- FENEIS. Para conhecer acesse:


http://www.feneis.com.br/page/interpretes_codigoetica.asp




domingo, 11 de outubro de 2009


Letícia

Minha lindona!


Minha Bia



Beatriz em seu dia de estréia escolar!
Muito linda da titia Carla.



quinta-feira, 8 de outubro de 2009



HOJE É O DIA MUNDIAL DA VISÃO!!!!!!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

O Zé balinha


Esse é o Zé balinha, foi com ele que a tia Erika, da Escola Evangélica   Caminho Feliz aqui no Novo-Gama Goiás, adoçou a volta as aulas dos alunos. Obrigada tia Érika pela sua dedicação! Me sinto muito honrada em tê-la como mestre do meu filho por dois anos seguidos.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Educação e Saúde

 O PAPEL DA ESCOLA NA SAÚDE
No contexto da saúde, o termo "ambiente favorável" refere-se aos aspectos físico e social do nosso entorno. Este termo abrange os espaços nos quais as pessoas vivem: a comunidade, suas casas, seu trabalho e lazer.
Ambientes favoráveis possibilitam as pessoas expandirem suas capacidades, desenvolverem a autoconfiança e aumentarem seus poderes de decisão. A participação comunitária é considerada fator essencial num processo democrático de promoção da saúde, a forca motriz para a autoconfiança e desenvolvimento. Chegamos então à escola!

Aplicar normas e conselhos como forma de “educar em saúde”, foi, durante muito tempo, o meio utilizado para “higienizar” e “domesticar” as classes populares. É importante considerar que a educação e a saúde são produzidas pelas condições de vida, trabalho, lazer, moradia de cada sociedade em particular, não podendo ser generalizada por meio de imposição de normas, pois cada sociedade se organiza de uma forma particular. Não é possível, portanto, reduzir as pratica no campo da Educação e da Saúde a uma serie de regras e receitas a serem repassadas aos profissionais, aos alunos nas escolas ou as mães nos postos de saúde, como principais formas de se conquistar a saúde.

O crescimento do ser humano e geneticamente determinado, porém os fatores que atuam na aprendizagem são determinados pelas relações e pelo meio onde ele cresce e se desenvolve, assim se conclui que o meio ao qual se pertence e o fator preponderante no aprendizado, desde a mais tenra idade ate o envelhecimento. A aprendizagem se dá informalmente por meio de todas as ocorrências e acontecimentos corriqueiros da vida cotidiana e também por meio do processo formal (adquirido nas instituições de ensino) que visa alcançar determinados objetivos.
O processo de ensino e aprendizagem, para ser efetivo, deve, portanto, ser uma construção que leve em conta as relações do homem consigo e com os outros e com o meio em que vive. Desta forma fica claro que a educação implica, necessariamente, num processo de mudança e transformação do educando, no qual homem e o sujeito da sua educação, e desta depende a sua interação com o
mundo.




 


quarta-feira, 29 de julho de 2009


Ganhei este selinho da professora Joelma Couto. Lindo !!! Amei !!

Esse blog é lindo!!!

segunda-feira, 27 de julho de 2009


RECICLAGEM É FUNDAMENTAL PARA APRIMORAR A MISSÃO DE ENSINADOR .(Por José Lúcio Ribeiro Filho).
Como educador e profissional de comprovada influência na formação do caráter e na educação de pessoas, o professor precisa se reciclar sempre para ter bom desempenho como ensinador. Em se tratando de um professor de Escola Dominical, jamais deve-se ter a idéia ou pretensão de delegar ao Espírito Santo aquilo que é obrigação sua como estudo e preparo adequados das lições que vai ensinar. O professor pode até possuir conhecimento que julgue suficiente sobre determinada área, mas ainda assim é possível melhorá-lo.O professor de ED que se preza sabe, à luz da Palavra de Deus, que será preciso ser, inquestionavelmente, tanto professor quanto professor-aluno. Cada um tem o dever de aperfeiçoar a sua individualidade.Como professor, devemos repassar o que aprendemos aos nossos alunos. Como professor-aluno, precisamos buscar conhecimento para o aprimoramento da profissão que abraçamos e desempenhamos. Esse princípio está norteado no ensino do divino Mestre: “Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; porque aquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas aquele que não tem, até o que tem lhe será tirado”, Mt 13.11-12.O professor já tem o saber, porém, precisa de novas informações, mesmo possuidor de experiência e formação cultural já definidas. Já foi dito que “o ignorante aprende e o que sabe recorda” (Baltazar Gracian). Quem não se dispõe a aprender não ouse ensinar. Ensina-se quando aprende-se; aprende-se quando estuda-se. O professor precisa ser aluno, porém, um aluno-professor. Nisso não há demérito.Eis algumas ocasiões, nas quais o professor precisa ser aluno.Quando o ensinador toma conhecimento de temas de lições programadas para determinada classe - Neste ponto, deve embrenhar-se no caminho da pesquisa, para enriquecer seus conhecimentos, a fim de alcançar seus alunos;Quando compreende o valor de métodos criativos - O professor que pretende passar conhecimento, voltado para a boa formação do seu aluno, deve aplicar métodos criativos na ministração de suas aulas. O rendimento é indiscutível;Quando é sensível às necessidades de seus alunos - Nem sempre o aluno tem aptidão para absorver o que lhe é passado no comentário da lição, senão com um pouco de persistência e paciência do professor, se este é sensível à provável necessidade do aluno;Quando reconhece que o ensino envolve toda a sua vida - O ensino não será absorvido se o aluno perceber que o professor não vive o que ensina. A auto-avaliação é necessária.O professor precisa ser aluno porque é professor. “Se é ensinar, haja dedicação ao ensino”, Rm 12.7. O professor que ensina a uma faixa etária de comprovados conhecimentos não pode ser reticente ou repetitivo em suas informações e afirmações, sob pena de perder um pouco de sua credibilidade. A Palavra de Deus diz “haja dedicação ao ensino”. O que o Espírito Santo determina é que o professor precisa aprender mais. E já foi dito por experimentados profissionais do ensino que “nunca se sabe tanto que não se precise aprender mais um pouco”.Questão de consciênciaDescrevemos, a seguir, outras razões nas quais são manifestas ocasiões em que o professor precisa ser aluno:Quando toma consciência de sua vocação para o ensino - O professor tem que partir para expansão de seus conhecimentos, especialmente quando se trata da Escola Dominical, uma vez que há variados temas adotados a cada trimestre do ano letivo. Ensinaríamos uma disciplina sem que a conhecêssemos? Para conhecer é preciso estudar e é aí que o professor precisa ser aluno. Vejamos algumas razões:a) Por serem temas que obedeceram a outra linha de raciocínio, derivados de outra mente, embora fertilizada pela Espírito Santo, que também inspira o “professor-aluno”. Pesquisar é preciso.b) Como em cada lição existem mistérios que Deus quer revelar a seus filhos, e o professor da ED, em sua vocação de ensinar, é responsável por transmiti-los, é mister que o ensinador se faça professor-aluno e, através da oração e meditação, seja divinamente orientado para levar ao seu aluno a revelação de Deus.c) Outra ocasião se instala quando o professor necessita de avaliar a qualidade de suas próprias aulas, tentando encontrar algum ponto suscetível de melhoras. Essa auto-avaliação somente será bem sucedida se o professor estudá-la. O Dicionário de Verbos e Regimes, 4ª Edição, página 288, no pronominal agregado ao conceito de ensinar, chama isso de “aprender por si; avisar-se”.Quando encarar o magistério em Cristo como uma chamada divina - Como uma comissão do Mestre por excelência, com submissão a Cristo, com lealdade à sua igreja e disposição para possuir atitudes de aprendiz, aí se dará o momento “quando o professor precisa ser aluno”. A partir desse ponto, o professor nunca o deixará de ser, ainda que tenha a qualificação de professor. No professor que a si mesmo se cuida, vê-se exaltada a profissão do ensinador.Se há um direito de ensinar, há também, obviamente, um dever de aprender. A partir desta premissa, fica claro que em muitas ocasiões o professor precisa ser aluno. Vale salientar que o professor é a única pessoa que deve encontrar razão para estudar. Se lhe falta o interesse, nada mais poderá ser feito, senão lamentar-se. É do escritor brasileiro Rui Barbosa a célebre frase: “Não há tribunais que bastem para obrigar o direito quando o dever se ausenta da consciência”.É preciso força de vontade do indivíduo para descobrir que sua própria capacidade de trabalho é renovável. Aliás, é uma exortação bíblica. “Transformai-vos pela renovação do vosso entendimento”, Rm 12.2. Verdade é que o professor pode aprender as técnicas de ensino e aplicá-las no processo de aprendizagem dos seus alunos, porém, precisa ter força de vontade e desejo de trabalhar.Diz o escritor William Martin, em sua introdução ao ensino da Escola Dominical: “Só se aprende com a prática”. Portanto, aprendendo as técnicas do ofício de ensinar e trabalhando adequadamente, chegar-se-á um dia à qualificação de bons mestres. Entende-se que o professor voluntária ou involuntariamente está sempre na esfera do aprendizado.Aprendendo a ouvirEstudando a expressão do apóstolo Paulo em 2 Timóteo 2.1-2, nos deparamos com quatro gerações de cristãos com um método único e eficaz de aprendizado: o ouvir. “Tu, pois, meu filho,fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus e o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem a outros”. As quatro gerações de cristãos acima mencionadas têm funções similares na área do ensino.A primeira tem, por exemplo, o apóstolo Paulo, que confessou: “Recebi do Senhor o que também vos ensinei”. A segunda recebeu pela audição. Paulo afirma: “O que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste”. Timóteo, por exemplo, recebera a comissão de ensinar o que aprendera junto a outros (“muitas testemunhas”), repassando-o para a terceira geração (“homens fiéis”), e esta, por sua vez, ensinaria à quarta geração (“outros”). Assim, temos Cristo, que ensinou a Paulo; Paulo, que ensinou a Timóteo; Timóteo, que ensinaria a homens fiéis, que ensinariam a outros.O método audio-visual foi de uma eficácia indiscutível, fantástica, com resultados que perduram até os nossos dias, depois de quase dois mil anos.Cada geração, especialmente as duas primeiras, precisaram se reciclar, como vemos na expressão: “Fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus”, a fonte onde deveriam permanecer ligados como alunos. É de vital importância a atualização de conhecimentos já adquiridos, principalmente quando tem-se a responsabilidade de transmiti-los para não serem passadas informações defasadas, revelando desconhecimento, apresentando ignorância de fatos novos.Fonte atualizadoraUma fonte segura para um pesquisador se reciclar é a que procede de origem divina, a Palavra de Deus, de onde tiramos lições e métodos insuperáveis para alcançar os propósitos que Deus tem para com os seus. Lemos em 2Timóteo 3.16-17: “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”.O professor da Escola Dominical não é um professor comum. Ele não ensina matérias simplesmente pesquisadas, mas reveladas. As pesquisas trazem muitas novidades, e por isso mesmo surge a necessidade de reciclagem para o professor, para sua atualização. O professor da Escola Dominical falará de temas oriundos do céu, da divina fonte.Deus quer que os homens conheçam seus mistérios, como lemos em Colossenses 1.26-28: “O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos; aos quais Deus quis fazer conhecer quais as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória; a quem anunciamos, admoestando a todo o homem, e ensinando a todo o homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo o homem perfeito em Jesus Cristo”.O próprio Mestre orando ao Pai (Jo 17.26) fez algumas revelações importantes para os que ousam se chamar professores da Escola Dominical, mas que recusam atender aos requisitos aqui explicitados: “(...)lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais”. Ora, se seus discípulos já tivessem os conhecimentos completos daquilo que haveriam de ensinar, não teriam necessidade de “conhecer mais”. Nisso conhecemos mais um momento, quando o professor precisa ser aluno. Há sempre o que se aprender, de cujos conhecimentos há sempre o que se ensinar. Nossos conhecimentos jamais se completarão.O eunuco da rainha de Candace era, em sua época, um homem culto. Afirmamos isso em virtude da função que exercia como ministro da Fazenda. Contudo, muito havia que aprender e por isso disse a Filipe, no tocante à palavra profética que lia: “Como poderei entender, se alguém não me ensinar?” At 8.31. Ele recebeu o convite de Filipe, servo do Senhor, para aprender o significado da Escritura não compreendida. É imperioso que se entenda entre os chamados mestres a importância de se aprender sempre.Quando o leitor deste artigo estiver debruçado sobre este conteúdo, passar-lhe-á pela cabeça inúmeras razões não abordadas aqui e que com certeza estarão estimulando-o a alinhar-se as aqui apontadas, com a consciência esclarecida de que “Nunca se sabe tanto, que não se precise aprender mais um pouco”.Fonte: http://www.cpad.com.br/






sexta-feira, 17 de julho de 2009

Alfabetização, uma questão de métodos?

Na busca de uma melhor forma de ensinar, o professor vai à procura de um método, que, nessa perspectiva, é de suma importância, apresentando-se muitas vezes como solução para o sucesso ou o fracasso. Por isso, para discutir o processo de aprendizado da leitura e escrita é necessário buscar embasamento teórico para analisar as propostas de alfabetização aplicadas no Brasil. Inciaremos, então, apresentando sucintamente informações de diferentes métodos de alfabetização.
É sabido que por muitos anos o método para ensinar a ler escrever apoiava-se nas cartilhas, as quais seguem a lógica do sistema da escrita, isto é, de que com letras se formam sílabas, com sílabas se formam palavras, com palavras se formam frases e com frases se formam textos.
A contrução das cartilhas foram feitas servindo-se dos métodos sintáticos e analíticos.
Os métodos analíticos - partem da sentença ou das palavra para chegar às letras, passando pelas sílabas.
Os métodos sintéticos - começam pelas vogais e, logo depois, passam às famílias silábicas simples de uma consoante com uma vogal, introduzidas gradual e linearmente até sílabas complexas.
Em relação aos métodos, Ferreiro e Teberosky afirmam:

O método (enquanto ação específica do meio) pode ajudar ou frear, facilitar ou dificultar, porém não criar aprendizagens. (Ferreiro e Teberosky, 1991, p.29).
Emília Ferreiro fez uma crítica aos métodos e captou a vinculação marcante do cotidiano dos alunos em seus esforços de entender o sistema da escrita, quando se deu conta de hipóteses interessantíssimas que os aprendentes formulam gradativamente na caminhada para chegar a ler e a escrever.
As mudanças necessárias para enfrentar sobre bases novas a alfabetização inicial não se resolvem com um novo método de ensino, nem com novos testes de prontidão (particularmente livros de leitura). É preciso mudar os pontos por onde começamos o eixo central das nossas discussões. Temos uma imagem empobrecida da língua escrita; é preciso reintroduzir, quando consideramos a alfabetização, a escrita como sistema de representação da linguagem. Temos uma imagem empobrecida da criança que aprende: a reduzimos a um par de olhos, um par de ouvidos, uma mão que pega um instrumento para marcar e um aparelho fonador que emite sons. Atrás disso há um sujeito cognoscente, alguém que pensa, que constrói interpretações, que age sobre o real para fazê- lo. (FERREIRO).